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quinta-feira, 16 de outubro de 2008


Olarias: o fim das mais antigas Indústrias do ABC
http://blog.controversia.com.br/2007/02/18/olarias-o-fim-das-mais-antigas-industrias-do-abc/
18 de Fevereiro de 2007 às 16h 08m · Ricardo · Arquivado sob Geral
Ademir Médici
Diário do Grande ABC
Crava-se a pá no barro preto.Rangem as pipas amassando a argila.Bate a forma o oleiro.Fumegam os fornos.(Mário Dal’Mas. Poeta. São Caetano)
* * *
A primeira indústria do Grande ABC vive seus últimos momentos. São asolarias. Restam quatro, duas em Ribeirão Pires e duas em Rio Grande daSerra. Informações orais falam de uma quinta, na divisa de Mauá comRibeirão. Rodamos toda a área e não a localizamos.
O repórter-fotográfico Orlando Filho, do Diário, guiado pelo oleiro JoséValeriano Tertuliano, o Macalé, 68 anos, 48 como oleiro, percorreu asúltimas olarias e fez um ensaio fotográfico de cada uma delas. São asseguintes:
1) Olaria do Zecão, Ouro Fino, Ribeirão Pires.2) Olaria do José Ferreira, estrada do Soma, Ribeirão Pires.3) Olaria do Machado, Sítio Maria Joana, Rio Grande da Serra.4) Olaria do Sítio Maria Joana II, Rio Grande da Serra.
Orlando Filho documentou também ruínas de três outras olarias:1) Olaria do Zecão II, avenida Pedro Ripoli, 157, Barro Branco, RibeirãoPires.2) Olaria da avenida Santa Clara, hoje canteiro de obras da Sabesp, emRibeirão Pires.3) Olaria do Núcleo Santa Cruz, distrito de Riacho Grande, São Bernardo.
Um terceiro trabalho de Orlando Filho: ele fotografou coleções detijolos raros mantidos pelo Museu de São Caetano e pelo Centro dePesquisa do Folclore de São Bernardo. O Museu de São Caetano expõe,permanentemente, a maquete de uma olaria idealizada pelo fotógrafoDirceu da Silva Real, de Santo André, também fotografada - as últimasolarias de São Caetano não sobreviveram à década de 1940.
A faixa que vai de Mauá a Diadema, cruzando Santo André, São Bernardo eSão Caetano, há muito deixou de ter olarias. Uma delas serviu comotemática central e virou cartaz do IV Congresso de História do GrandeABC, realizado em Diadema. O forno já estava desativado quando ocongresso tomou a cidade, em 1996. Hoje até o forno foi demolido -restou a foto do cartaz.
As últimas olarias de Santo André, São Bernardo e Diadema funcionaram,de maneira rudimentar, na área de proteção aos mananciais, de Eldoradoao Pedroso, passando pelo distrito de Riacho Grande. Conseguimoslocalizar ruínas de apenas uma delas, no Núcleo Santa Cruz, adiante daprimeira balsa da represa Billings.
Tínhamos esperança de encontrar ruínas de uma segunda olaria, no Parquedo Pedroso, em Santo André, que há anos estava desativada. A Prefeiturainforma que tais ruínas também foram desmanchadas e seus tijolosaproveitados em obras de manutenção.
Com o fim das olarias, o Grande ABC perde também a figura do oleiro,aquele profissional que madrugava para bater barro, dar forma ao tijolocom as iniciais do nome do dono da olaria. Profissional de múltiplasfunções, como a de pôr o tijolo secando até ser levado para o forno -onde outros oleiros, quando não os mesmos, davam plantão para aguardarmais uma fornada.
Vários fatores explicam o fim das olarias, do econômico ao depreservação do meio ambiente. Há décadas os oleiros-patrões vinham sequeixando da bitributação de impostos para manter o negócio. Maisrecentemente, da virada dos anos 90 para o novo milênio, a pressão dopoder público foi grande. Afinal, as olarias necessitam de lenha,diferentemente da sua concorrente maior, as fábricas de blocos - quehoje imperam também no Grande ABC.
Assim, apenas nas partes mais distantes do Grande ABC, em locais dedifícil acesso, é que sobrevivem as quatro últimas das nossas olarias.
Não foi sempre assim. As duas primeiras olarias do Grande ABC ficavam nocentro de dois núcleos coloniais: São Bernardo e São Caetano. Eram asolarias das fazendas dos monges beneditinos, instaladas na primeirametade do século 18. Eram tocadas por escravos: negros e índios.
A olaria pioneira de São Bernardo, entre uma das variantes do Caminho doMar e o ribeirão dos Meninos, ficava na atual avenida Senador Vergueiro,onde está uma das unidades da rede Carrefour. A olaria de São Caetanolocalizava-se no atual bairro Fundação, igualmente próxima a um rioimportante, o Tamanduateí, no ponto em que ele recebe o ribeirão dosMeninos vindo de São Bernardo.
Tivemos olarias em vias centrais como a Marechal Deodoro, em SãoBernardo, avenida Pereira Barreto, em Santo André, e várzea doTamanduateí, a poucos metros da avenida Goiás. Há 80 anos, estava sendoposta à venda uma olaria localizada na avenida Caminho do Mar, hojebairro Rudge Ramos, conforme anúncio publicado em seguidas edições de1925 pelo semanário O Comércio de São Bernardo:
“Vende-se grande olaria.Acha-se à venda no Caminho do Mar (bairro dos Meninos) uma grandeolaria, cuja produção diária atinge a 5 mil tijolos e enorme fabricaçãode telhas, produtos superiores, barro de primeiríssima ordem. Essapropriedade contém duas boas casas coloniais, fornos especiais, estufas,caminhões, animais.”
Não se sabe quem ficou com a olaria, nem o que foi feito dela.
* Rota da Olaria *
Ademir MédiciDo Diário do Grande ABC
“Passou a mão no tijolo, ele não cantou… não presta”.(Zé Macalé. Oleiro. Ribeirão Pires) Jovens que não conviveram com o augedo funcionamento das olarias no Grande ABC estão abrindo uma empresa -Billings Tour - com passeios voltados a antigos equipamentos artesanaisdo distrito de Riacho Grande, em São Bernardo. São três rotas básicas:Rota do Carvão, Rota dos Portos de Areia e Rota da Olaria.
A Rota da Olaria leva ao Núcleo Santa Cruz e às ruínas de uma olarialocalizada em área pertencente a uma família de japoneses. O acesso podeser a pé, de carro ou de bicicleta. Pelo caminho, uma paisagemexuberante, inclusive de espécies adultas e raras de araucárias e umailha escolhida pelos pássaros para procriação.
Na olaria se aprenderá com os guias - antigos oleiros, de preferência -como é que se fazia tijolos naqueles pátios e fornos, de onde vinha obarro, como os burricos eram postos a trabalhar, como o tijolo secava,cozinhava e era despachado.
Os jovens estudantes têm o apoio de um funcionário da Prefeitura, osão-bernardense Francisco Antonio da Silva, 53 anos, que conheceu muitasolarias e que hoje pertence ao Programa Jovens Reservas da Biosfera, quealém de São Bernardo atinge outros 72 municípios da Grande São Paulo earredores, que formam o chamado cinturão-verde paulista.
Depois dos levantamentos registrados nesta reportagem, bem que a Rota daOlaria de Riacho Grande poderia ser estendida para a área mais afastadade Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, onde localizamos as quatroúltimas olarias em plena atividade. Ali, os estudantes da Billings Tourteriam a assistência de oleiros que ainda fazem tijolos como os seusancestrais. Caso do Zecão.
José Benedito dos Santos, o Zecão, nasceu em Natividade da Serra (SP) em13 de outubro de 1924. Aos 80 anos, dirige a sua olaria em Ouro Fino eacompanha cada passo da produção de um tijolo. O Diário o localizou àbeira da boca de um forno, em pleno processo de produção. Zecão ardiacomo as labaredas que o forno vomitava. Fomos obrigados a pedir para queele saísse dali para que pudesse nos falar.
E Zecão contou a sua grande realização como dono de olaria: cobrir opátio para a proteção dos tijolos e empregados. Agora pode chover emOuro Fino. A produção não pára.
“Sonhei 60 anos com isso. Esse é o sonho da minha vida.” Uma vida dedificuldades para criar os 11 filhos, de um trabalho aprendido com ofinado Daniel Bertoldo, descendente dos primeiros italianos quecolonizaram Ribeirão Pires. Podemos dizer que Zecão, neste 2005, dirigea derradeira grande olaria do Grande ABC, com 20 funcionários, setemáquinas e seis animais.
Há 30 anos, queixavam-se os oleiros de Ribeirão Pires da cargatributária (Olarias vivem fim de grande época, Diário, 24/7/1973). Erameles obrigados a recolher 15% de imposto único sobre minerais e mais15,5% sobre a circulação de mercadorias, sem contar a verba dispensadapara a cobertura de encargos sociais.
Já na primeira metade do século 20, Ribeirão Pires despachou milheirosde tijolos em vagões lotados da estrada de ferro Santos-Jundiaí para aconstrução de bairros inteiros de Santos. Olarias da Vila SacaduraCabral, em Santo André, forneceram os tijolos para a construção doestádio do Pacaembu, em São Paulo, inaugurado em 1940.
O artista plástico Antonio de Assis, de Santo André, desenhou uma olariaque existiu no hoje quase central Jardim Bom Pastor. Octavio Ferrariteve olaria no Parque Galícia, no coração de Diadema. Mantinham olariasna também central avenida Francisco Monteiro, em Ribeirão Pires, asfamílias Sortino, Balarini, Capello, Chiedde, Del Corto, Cordeiro,Gianasi, Bertoldo e Dicieri.
A avenida Taboão, quase esquina com a via Anchieta, abrigou a olaria dafamília Angeli, anos antes da chegada da Willys, antecessora da Ford nolugar.
Os também centrais Jardim Stela e bairro Apiaí, em Santo André, nadivisa com São Bernardo, abrigaram a olaria de Francesco Guelfo.
Hoje quem for à olaria do Zecão, nos fundos de Ouro Fino, vai gastar R$80 pelo milheiro de tijolos; num depósito, o mesmo tijolo vai custarR$150 o milheiro. José Ferreira, também em Ouro Fino, queixa-se daschuvas. O pátio da sua olaria, diferentemente do pátio da olaria doZecão, não é coberto. Por isso, no início deste ano, a sua olariapermaneceu fechada durante dois meses: “Olaria não dá lucro, só faz paracomer”. Na olaria do Zé Ferreira, um milheiro de tijolos custa R$ 40 ouR$ 45, revendido em depósitos por R$ 110.
O melhor, acrescenta Zé Ferreira, é produzir blocos. Mas a atividadeexige mais capital e investimentos em cal, pedriscos e cimento, semcontar os equipamentos. O tijolo trivial usa apenas barro, abundante emqualquer canto.
Restam, além do barro, as recordações, as fotografias, as últimas quatroolarias em funcionamento, as ruínas de outras, o artesanato de homenscomo Dirceu Real. As miniaturas em escala de fornos de olarias e tijolosdo Dirceu são verdadeiras obras de arte.
Há o sonho da Rota da Olaria, em Riacho Grande. A história oral deantigos oleiros. E a lista dos oleiros de 1938, preservada pelo 1ºDistrito Policial de Santo André.
Fica a possibilidade de um exercício: localizar onde estavam aquelasolarias. Pela lista do 1º DP, tínhamos - há 70 anos - os seguintesnúmeros de olarias: Santo André, 15; São Bernardo, 21; São Caetano, 10;Diadema, 6; Mauá, 5; Ribeirão Pires, 39; e Rio Grande da Serra, 4. Umtotal de 100 olarias, segundo registros do 1º DP de Santo André.
Daquelas 100 olarias de 1938, uma funcionava em plena rua Rio Branco, emSão Caetano; uma segunda ao lado do Aramaçan, em Santo André; várias emPiraporinha (Diadema) e Rudge Ramos, então Meninos (São Bernardo).
Nos demoramos sobre essa lista de indústrias de Ribeirão Pires. Nocomeço da reportagem, falamos das duas olarias do Sítio Maria Joana.Pois uma delas já existia em 1938, propriedade de Francisco Ripoli, quevem a ser tio-avô do atual proprietário, José Nicanor Machado da Cunha.
Uma empresa familiar raríssima que não pode e não deve morrer.
Os dentes

Brancos como a neve eram os dentes de Mariana. Dizem que uma boca há séculos possui 32 dentes. Dentes de carne não podem morder o osso. Uma gengiva gelada não aquece os lábios do companheiro febril. Camadas inteiras de uma vida morrem ao engolir o que não foi dito. Às vezes a fala não fala, a fala só pode ser rompida através do misero som que os ouvidos captam sem a vibração das partículas de ar.
No vácuo um dente não faz barulho, mas uma dentadura é capaz de amassar o chão, se esse for de barro. Como de barro são as pegadas do pequeno. Lírios de leite foram compactados na feitura daqueles que mordem, mas o gosto do que se bebe não tem a ver com o suco materno. Engole-se aquilo que se come nada mais. Um dia comi morango. Comi boi. Comi arroz. Comi traças. Comi umidade. Comi sozinho. Não reparti a migalha que não fazia mais parte do meu vocabulário. Enterrei perto da superfície o que não cabia mais. Os dentes não souberam o que havia sido escondido. Troco àquilo que cabe no espaço onde vai ser colocado. Troco um sonho por outro. Troco um dente por outro dente. Troco o sorriso com dente ou sem dente. Uma vez eu, uma vez o outro, uma vez eu com dentes, outra vez eu sem dentes. Se fecho os olhos rapidamente e vejo que todos os dentes são de ouro, logo abro e tenho a certeza que não desejo essa melhora aos que possuem cabelo. Às vezes é preciso morder a presa com o que se tem. Todos os dentes cabem em todas as bocas, todas as bocas cabem em todos alimentos. Todos as cabeças descansam no mesmo travesseiro. Todos olhos se entendem ao serem vistos. Todos os cílios se fecham um dia. Ninguém morre sem ter vivido.

Rogério Tarifa - 2004-11-08
Manifesto 1
1. Hoje uma nuvem parou sobre meu crânio, era como se o peso do mundo tirasse as enxurradas de besteiras que cometi até o exato momento que parei para observá-la. Comer pão é como desdenhar da esmola oferecida. As palavras saem como se não existissem numa ordem que se pudesse dizer entendidas. Dizem as más línguas que coçar o corpo é retirar as células mortas que já desejavam voar pelo funeral inexpressivo de uma morte de célula. Coçasse tanto durante uma vida que pra mim resto é resto e agora só nos resta comemorar aquilo que não está pronto, viva o rabisco, que nada mais é do que um traço de papel branco na cabeça de quem defeca pensando em desenhar sem querer fazer algo perfeito para ser emoldurado. Viva o abraço suado, fedido, dos trabalhadores inexpressivos do mundo chamado planeta. Quero ser torturado nas solas do pé até que se entenda que os pregos que furam minha pele abrem espaço nunca antes visto nesses corpos chamados humanos. Tenho a nítida sensação que as peles dos jacarés já foram comidas pela minha boca antes de matá-los. Forram-me com seu couro duro de cheiro de água e minha pele não é aquilo que podemos ver. Olho os pingos de água e desejo expandir, o reflexo me mostra quem poderei ser, e se um dia me tornar nuvem serei aquelas pequenas que apesar de tamparem o sol passam logo para que algo novo surja sem causar grandes estardalhaços. Dormir é necessário, camas macias são cheirosas e delicadas, mas o que nos pede a vida? O nascimento é podre e desse alimento busco encher minha barriga que aumenta cada vez mais de vento. Tirar o osso da carne sempre foi vital para os que se alimentam sem julgamento. Mata-se come-se trepa-se cheira-se a merda para que não se esqueça do perfume da vida. Daqui quantos anos não cagaremos mais? Já há aqueles que assim vivem.


Rogério Tarifa
A função do artista me vem a cabeça, a função do homem me vem a cabeça. Retiro a palavra função por não gostar muito dela. O que colocar no lugar? Papel? Trabalho? Coração? Mão? Ou simplesmente não botar nada. Ficamos só com “artista” e “homem”. Que artista é esse? Que caminha por nossa terra, deixando se levar, mas sempre atento, trabalhando, acreditando na mudança, observando as feituras dos homens do séc XXI, enquanto dialoga com os raios naturais do sol, que insiste em nos iluminar: a nós, as plantas, as pedras, aos germes, a água viva...)
E o homem?Que homem é esse que interfere com tanta agressividade nesse mundo que acredita ser seu? Com que olhos esse homem pode ver? Olhos verdes da menina linda que bebe água da poça? Ou os olhos negros daquele que deseja comprar a sabedoria da menina? Encontro inusitado esse do artista com o homem. Do homem com a natureza. Da natureza com o artista.

Choque intenso e profundo,
denominado vida e que feito na sua plenitude de integridade poderá ser transformado em arte.



Rogério Tarifa

domingo, 5 de outubro de 2008

Muitas vontades e não poder.






"Muitas vontades e não poder. Eu fui num casamento mas não tinha sapato. Fui com um sapato mais largo. Parecia um pavão, com a melhor roupa e aquele sapato. Numa hora da festa ouvi alguém dizer: 'nossa, parece que o defunto tinha o pé maior!'. Morri de vergonha..."

Citado por Madalena Freire, filha de Paulo Freire

"Importa aqui recordar a lição de um mestre do Espírito. O ser humano-águia é como um anjo que caiu de seu mundo angelical. Ao cair, perdeu uma das asas. Com uma asa só não pode mais voar. Para voar tem de abraçar-se a outro anjo que também caiu e perdeu uma asa. Em sua infelicidade, os anjos caídos mostram-se solidários. Percebem que podem ajudar-se mutuamente. Para isso, devem se abraçar e completar suas asas. E só assim, abraçados e juntos, com a asa de um e de outro, podem voar. Voar alto rumo ao infinito do desejo."
Este texto me acompanha desde há muito tempo. Lembrei dele outro dia pensando sobre o nosso trabalho. É um bilhete da Elis Regina para o Max Pierre que está no encarte do disco Trem Azul:

"(...) Encontro pode ser ótimo para traçarmos uma panorâmica (primitiva, sem maiores detalhes ou coisas fixadas) do futuro do trabalho/projeto, da expectativa gerada em torno dele, de como ele poderia corresponder a essas eventuais expectativas, como ele poderia aproveitar os espaços vazios (disco e música) e propor algo de leve, simples, liberto. Ao mesmo tempo em que tente resgatar velhos sonhos e experiências de pessoas que, por força da vida, do mundo, dos homens e suas pressões deixaram seu universo próprio, pessoal e natural preso num cofre. Ainda que por descuido, distração, covardia. Importante é recuperar o ser para o próprio ser, na procura da melhoria da qualidade da vida.